17 junho 2009

Passo a publicidade

Actualmente, insiro-me (e já dei provas disso) no grupo daqueles - muitos - que vão vendo passar a oportunidade de assistir às performances de grandes ícones internacionais da música que, felizmente, fazem de Portugal um lugar de passagem regular e quase obrigatória das suas digressões. Portanto, a oferta aumenta exactamente na proporção inversa das possibilidades lusitanas…

Isto leva a que os menos resignados com a situação (como eu), olhem, cada vez mais, para o "umbigo nacional", e prestem atenção ao que por cá se vai fazendo, com qualidade equiparada àquilo que se faz lá fora, qualidade essa que quando é inferior, terá a ver, seguramente, com aspectos não relacionados com ausência criativa. E isto aplica-se, obviamente, às diversas valências artísticas nacionais, não somente à música!

E o Gomo é um exemplo disso; mais um “self-made man” da música nacional, como outros(as) que nos têm vindo agradavelmente a surpreender.

Desvinculado da sua anterior editora (multinacional, por sinal), arriscou, chegado ao segundo álbum, numa edição de autor, com todos os inconvenientes e obstáculos que sabemos existirem nesta opção de "trapézio sem rede"!

Mas o trabalho está editado, distribuído e o lançamento foi esta terça, 16 de Junho, no emblemático São Jorge, em Lisboa. E adivinhem quem deu uma escapadinha, nessa noite, à metrópole para assistir ao grande lançamento do álbum “Nosy”? Eu!… e porquê?

Primeiro porque ganhei um passatempo (eu e, suponho, a quase totalidade de público presente!!), que me deu a oportunidade - leia-se convite duplo - de assistir, gratuitamente, ao concerto de apresentação. Como prova de gratidão, demos ao Gomo um anfiteatro quase repleto, antes mesmo do novo álbum vingar e ficar conhecido... Ah, e à meia-noite cantámos-lhe os parabéns pelas 39 primaveras;

Depois, porque aprecio o trabalho do Gomo e a carreira que gradualmente tem construído, à custa de muito sacrifício, é certo, mas resultando numa já reconhecida marca "Gomo" e na produção de um trabalho mais maduro e tão audível quanto o primeiro disco;

Em terceiro, porque o Gomo acaba por ser um artista "saído" do Oeste (onde resido), ele e a meia dúzia de músicos que o acompanham;

Por último, porque chegámos, em tempos, ainda o gomo pertencia à laranja, a cruzar-nos em palcos amadores, em bandas que ambos já não temos, e até a trabalhar juntos num já extinto jornal… do Oeste.

Tudo isto me impele a “passar a publicidade”, convidando-vos a serem um dos primeiros a comprar o último álbum do Gomo.

Para os que não podem ter os dois proveitos, vale bem mais adquirir um cd de uma banda/projecto nacional - que é sempre um objecto que fica - do que gastar o dobro num festival de Verão, onde se ouve pouco de muita coisa, e nada fica a não ser uma ténue memória, ainda que de uma boa experiência… e olhem que eu gosto de festivais!...

Por isso, agucem o apetite no myspace do Gomo… e, a seguir, dêem o vosso contributo pessoal para que a produção musical nacional não pare, antes se renove e se torne cada vez mais auto-suficiente e independente de terceiros…

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