27 março 2009

Não há uma sem duas...

Está de volta o RRW, que se assume como o mais aproximado que temos do famigerado Rock Rendez Vous, que tão importantes nomes lançou no panorama musical português.

Como antigo concorrente, perguntaram-me se queria migrar os meus dados da participação de 2008 para o RRW 2009. Acedi, apesar da polémica que gerou, entre músicos, a fase final da edição anterior. Mas valha-nos a curta memória lusitana e sigamos com o barco adiante...

Afinal, não me posso queixar da minha prestação anterior. No cômputo geral, tive críticas bastante favoráveis, o que sempre engrandece o ego e dá ânimo para continuar... Cheguei mesmo a alcançar, na tabela geral da pop, um honroso oitavo lugar, tendo somado 314 votos, além de alcançar a 4ª melhor música pop, ainda que acabasse por não ser apurado para a fase seguinte...

Nada mau, a julgar pelo facto de que, tendo eu poucos amigos votantes (pois, pois!), a maior parte terem sido votos de visitantes desconhecidos e de outros músicos.
Como disse, em Novembro, na minha (ainda única) entrevista de rádio, os concursos de música on-line valem o que valem, nada de falsas ingenuidades! Para mim, servem sobretudo para avaliar o nível de aceitação/receptividade de um projecto musical, para confraternizar com outros músicos, enfim, mais uma montra para exibirmos o nosso trabalho, que já é meritório por vir de dentro e por ser fruto de grande empenho... Porque desengane-se o artista que supõe não trabalhar para um público; fá-lo-á sempre, convictamente ou não...

Não há uma sem duas... e cá estou eu de novo. Enquanto desbravo terreno na apresentação do meu trabalho, detenho-me neste convívio amigável, onde, de quando em vez, oiço novos projectos e troco algum alento... Passem por lá, oiçam, comentem e deixem um voto... da confiança que já me depositam...

Aqui fica o atalho para o meu perfil no RRW, que consta, também, na barra lateral deste blogue... um obrigado deeeeeste tamanho!

19 março 2009

Para o que der e vier...

Não planeei a longo prazo ser pai. A dada altura, senti vontade de sê-lo e fui. Não que me sentisse maturo ou disponível o suficiente para o ser. Ou que a conjuntura fosse a melhor. Digamos que encontrara o par ideal para dançar o tango…

No dia-a-dia, de ano para ano, aprendemos que um filho tende a ser, cada vez menos, uma extensão de nós próprios, ainda que mantenha o nosso sobrenome… pouco a pouco vai deixando de ser aquele pequeno galho da árvore que já somos, ao qual, de quando em quando, podamos as pontas para crescer mais vigoroso. O desmame é espontâneo, porém incontornável…

Cabe-nos, além da concepção, a missão de o ajudar a ser um indivíduo com alicerces próprios, mas sem nos projectarmos nele. Sem projectarmos nele aquilo que hoje somos ou que ontem não fomos. E sem projectarmos em nós a sombra de um pai de que nos orgulhamos ou que lamentamos não ter tido. Não é justo para ninguém, por muito difícil que seja.

Que queremos o melhor para os nossos filhos, isso é chavão fácil, no entanto não justifica que queiramos as coisas por eles. Têm de ser eles a querer, o que não raras vezes implica aprender à própria custa, através da experiência quotidiana. Temos de lhes dar o espaço suficiente para testarem os valores apreendidos, para tropeçarem (se necessário) e aprenderem a distinguir o perigoso do seguro, o certo do errado, o essencial do acessório...

Falando em frases feitas, «estar para o que der e vier» é dos chavões mais bem conseguidos a este nível e que se aplica ao que quero demonstrar. É essa, quanto a mim, a segunda missão dos pais, sobretudo a partir da entrada na escola…

E depois (relembro aos mais distraídos), há a vida dos próprios pais, que antes de pais são, cada qual, um indivíduo! Por muito que amemos os nossos filhos, o nosso reflexo faz-se no espelho, não na figura dos nossos “eternos rebentos”. Porque eles também nos amam e também querem o melhor para nós. E, por isso, também sentem quando não estamos bem…

Não nego; tenho orgulho na minha filha, não pelo que ela poderá vir a ser, não só por ser minha filha, mas sobretudo pelo que ela já é; pelo íntimo que deixa transparecer.

Hoje, madrugada de 19 de Março, assinalo o meu 6.º Dia do Pai. Sem falsos heroísmos ou proveitos comerciais. Sou o pai que sou e que consigo ser. Treino-me interiormente, tal como me treino como pessoa, nada de mais. Mas sou feliz por o ser e por ter tomado essa opção. No fundo, é dar continuidade à vida. Porque, afinal, temos que acreditar que ela vale a pena. Esse milagre, com tanto de sublime quanto de inexplicável...

04 março 2009

A genuinidade do simples...

Imagem: Nuno Lima, d.r.
Sobre a saga Festival RTP da Canção, eleito que está o represen-
tante luso para o Concurso Eurovisão, não se me oferece dizer nada mais a não ser que fiquei satisfeito por se ter sagrado como grande vencedora nacional a minha primeira e última escolha - Parabéns “Flor-de-Lis”. Júris distritais e portugueses televotantes caíram em si e resolveram distinguir, desta feita, a genuinidade do simples e a simplicidade do genuíno. Vão-se a ele, andem, o palco da Europa é todo vosso!

E por falar de canções, dizer também que cumpri mais uma etapa da “minha” saga musical, sendo que anteontem me submeti a uma longa sessão fotográfica, a cargo de Nuno Lima (Leiria).

Assentámos arraiais em pleno Teatro Eduardo Brazão, sediado na vizinha vila do Bombarral, imponente sala que vale a pena conhecer, porque não, através dos espectáculos que lá vão acontecendo. É só ficar atento ao site do Município, a quem eu agradeço a amabilidade da cedência do espaço e o prestimoso acompanhamento. Fica a (minha) intenção de dar um concerto lá, um destes dias...

Pois, foi este o tema que explorámos fotograficamente – o teatro. A experiência foi muito boa; aguardemos, entretanto, a finalização do trabalho.

Não me contenho, porém, a publicar um pequeno "aperitivo" da jornada fotográfica nesta sala de espectáculos que, segundo parece, se trata de uma raridade arquitéctónica de estilo clássico italiano, classificada “imóvel de interesse público” .

Ora, aquele ali ao cantinho, de gorro, a modos que a cantar, sou eu, sim! Pois é, Nuno e Rute, como vos compreendo! Um espaço deslumbrante como aquele não era coisa para menos! Com efeito, foram muitos os clicks e as flashadas em que o sumptuoso cenário assumiu o assunto principal e eu fiquei, digamos, quase como pano de fundo! ...

Fotos brevemente disponíveis, num sítio perto de si...