23 abril 2006

Baú de pequenas coisas – I

Tudo na vida tem a importância que lhe atribuimos, desde as mais pequenas coisas até aos grandes problemas.
Com o avançar da idade, é sabido tornarmo-nos mais picuinhas e lamechas, remexendo e sacudindo o pó a pequenas coisas que nos fazem lembrar tempos em que não tínhamos grandes problemas, ou simplesmente nos ajudam a focalizar-nos em sensações agradáveis, por muito nostálgicas que possam ser.
Descubro, hoje, que é para isso que servem as pequenas coisas, as saudosas lembranças; para pôr “pausa” nos grandes constrangimentos que se nos vão deparando ao longo de cada um dos ciclos da nossa existência. Numa óptica mais economicista, coleccionar recordações através de álbuns de fotos, bilhetes de espectáculos, pequenas anotações, cadernos da escola, enfim, poderão equivaler a autênticos planos de poupança, na medida em que poderão servir, adiante, como motor propulsor de grandes resoluções.
Assim abro o Baú de pequenas coisas
Hoje, e porque ainda guardo o sabor do cabrito pascal, aproveito para recordar o primeiro artigo que publiquei, há precisamente 20 anos, num jornal de um qualquer concelho limítrofe (seria Alenquer?!?) quando, aparentemente, sabia com exactidão o que queria ser quando crescesse… bem, pelo menos era o que eu fazia crer a Irmã Suzete, minha professora de “Religião e Moral” no 6º ano… sempre tive um não-sei-quê-de-diplomata, mas… porquê a Irmã Suzete???

1 comentário:

Anónimo disse...

Será porque tinha caracóis e um certo ar romântico?...
Oh Suzete! Que foste tu fazer...