26 junho 2009

(Re)Nasceu o Mito…

Imagem: avidaeumpalco.com, d.r.
Por mais que se lute por prevê-las, é sempre difícil estarmos precavidos para uma catástrofe natural ou provocada… Já não sei quantas vezes ouvi isto nas (ainda) poucas vezes que liguei a televisão ou o rádio, ou acedi a jornais online. Mas, ontem à noite, 25 de Junho, perdemos um rei. Ou antes, mais um. Só que desta feita foi um nosso contemporâneo. O que custa sempre mais… E o impacto desta catástrofe artística sentiu-se nos quatro cantos do mundo…

Talvez devido a pensarmos que Michael Jackson fosse já quase à prova de bala, e por o julgarmos já um mito vivo, o que é facto é que o mundo não estava suficientemente preparado para que a sua carreira terminasse de uma forma tão abrupta, aos cinquenta anos. Apesar dos boatos de uma suposta doença e de alegados problemas financeiros, tínhamo-lo sempre como a personificação de uma indústria megalómana indestrutível…

No momento em que eu próprio improviso estas singelas palavras de luto, improvisam-se, por todo o mundo, vigílias e múltiplas iniciativas de homenagem por parte de clubes de fãs, dirigentes, comunicação social, artistas, promotores artísticos, e muitas lágrimas se vertem e verterão por esta sua repentina viagem, sem aviso prévio e sem conhecido retorno...

O consumado relançamento dos seus álbuns foi uma incontornável consequência, sendo que as vendas vão disparar quiçá como nunca, ou, quem sabe, como no tempo de “Thriller” ou “Bad”, dois dos discos mais vendidos de sempre.

Eternizamos, assim, o elemento mais novo dos “Jackson Five”, que tentou desafiar, e conseguiu, as leis da própria natureza, ao mudar literalmente de cor e de aspecto, por muito polémico que isso tenha sido, mas tendo ainda desafiado a indústria da música pop, tal qual a conhecíamos, levando-nos a constatar que tudo é possível, desde que se possa e se acredite…

O fundador do célebre passo de dança moonwalk entrou pelo meu "Sanyo" dentro (rádio-gravador adquirido na Praça de Espanha!), quiçá em 84 (?), encarnando uma cassete de 90 minutos onde o Thriller, o Billie Jean ou o Beat it insistiam em tocar até que a fita se gastasse, enquanto eu, do alto dos meus 10 anos, ensaiava loucas coreografias...

Aqui fica a minha humilde mas sentida homenagem a um ícone que não tive oportunidade de ver ao vivo, mas que seguramente faz e fará sempre parte do meu imaginário musical. E por muito que já o não tivesse presente, sinto hoje que falar de música pop é, indubitavelmente, falar de Michael Jackson – quiçá o mais completo artista da nossa Era (Não desfazendo Freddy Mercury). Morreu o Rei, (re)nasceu o Mito...

Deixo-vos o Bad, para recordar...

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