
Ora o(s) pretenso(s) apoiante(s) da selecção portuga, residente(s) na dita casa, como qualquer patriota que se preze, facilmente terá cedido à moda das bandeirolas nacionais made in China e, ao colocar a respectiva, não a podendo subir na totalidade, em virtude do mastro se tratar de um pequeno poste de luz eléctrica, vai de colocar o “mais alto símbolo da pátria”, inadvertidamente, a meia-haste. Terrível ironia, horripilante presságio, pois se viu que a participação portuguesa no Europeu de Sub-21 foi de vida curta ou, antes, de morte rápida…
Que este constitua um exemplo a seguir pela população que ainda não colocou a bandeirola na varanda, no telhado, ou onde quer que seja, para apoiar a nossa Selecção no Mundial; primeiro há que conjecturar sobre o móbil e a origem de tal acção. Remontará ao totemismo? Derivará da tradição do manjerico de Santo António? Do Cantar de Reis ou das Janeiras? E que tipo de escrúpulos, ou até de mediunidade, teria a pessoa que criou este incontornável ritual? E seria mesmo português ou (espião) grego disfarçado? Por outro lado, e no caso de ser fiável fazê-lo, a que altura do mastro colocar o dito estandarte, de forma a contribuir positivamente para a vitória de Portugal no Mundial?
Bem, se essa energia positiva resultar, efectivamente, no sucesso desportivo lusitano, vamos copiar o feliz exemplo, hasteando bandeirinhas com slogans inscritos do género «estamos no pelotão da frente, a recessão acabou, o preço do barril de petróleo e as taxas de juro baixaram drasticamente»… mas, por favor, certifiquem-se de que a bandeira é hasteada... na totalidade!